sábado, 25 de dezembro de 2010

METAL CONTRA AS NUVENS & ORDEM DeMOLAY


Escrito por Kennyo Ismail (Sênior DeMolay)

Essa música é envolta de muitos mistérios. A mais longa música da Legião Urbana (mais de 11 minutos), presente em um CD cuja capa estampa exatamente o símbolo islâmico da Lua e a Estrela que consta em sua letra, conta ainda no mesmo CD com uma música instrumental chamada “Ordem dos Templários” que reforça ainda mais a relação de “Metal Contra as Nuvens” com a história dos Templários e de seu último Grão-Mestre.
Além disso, é uma das pouquíssimas músicas da Legião que possui refrão e a única que possui momentos com ritmos e batidas diferentes.

Em homenagem a Maurício Moschen e ao Irmão Elder Bonifácio e a outros tantos fãs de Legião e da Ordem DeMolay que já interpretaram essa música, apresento esta minha interpretação:

I – As Cruzadas.
Não sou escravo de ninguém
Ninguém senhor do meu domínio

(Os Templários não eram escravos e nem senhores feudais. Eles eram livres e possuiam voto de pobreza.)

Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.

(Eles dedicavam suas vidas à uma causa, mas viam a Igreja distorcendo esses valores.)

Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas

(Viajaram uma grande distância, por caminhos difíceis entre Europa e Oriente Médio.)

Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.

(Os Templários se sentiam sós numa batalha onde os valores eram esquecidos e se matava em nome de Deus.)

Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.

(Os Templários eram espada, lança, sabedoria e força, detinham a riqueza dos reis. Tinham o reconhecimento do Clero e de sua Inquisição.)

Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.

(A decepção dos Templários durante as Cruzadas, quando outros soldados cristãos traiam compromissos e agiam covardemente, enquanto os adversários cumpriam com suas palavras e eram misericordiosos.)

Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrela
E sempre terá.

(Essa é a voz dos soldados muçulmanos, vitoriosos. A lua crescente com uma estrela é o símbolo do Islam.)

II – O retorno à França e o golpe do Rei.

Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.
Quase acreditei, quase acreditei

(DeMolay confiou em Felipe, o Belo, o protegeu e em troca o Rei arruinou a França e prendeu os Templários, e DeMolay perdeu seus títulos, os fortes, castelos e viu sua Ordem ser extinta.)

E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão...

(Os tolos são o Clero e o Ladrão é Felipe, o Belo. DeMolay desconfiou do desejo do Rei sobre o tesouro dos Templários, então o escondeu alguns dias antes de sua prisão. O sopro do dragão é a fogueira da inquisição...)

III – O Julgamento e a Fogueira.

É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais

(DeMolay se surpreende com o golpe do Rei e o descaso do Papa com o processo, vê estúpidas acusações destruir a Ordem que tão importante foi e agora não existe mais.)

Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.

(O momento da fogueira, em que DeMolay resiste ao fogo e reage pela última vez.)

Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.

(Então DeMolay pronuncia suas últimas palavras, convocando os inimigos a comparecerem diante do Juízo Final no prazo de um ano, e sua premonição é confirmada.)

IV – O renascimento: a Ordem DeMolay.

- Tudo passa, tudo passará...
E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.

(E a história de DeMolay e dos Templários não acabou naquele momento, sem um final feliz. Ela recomeçou, através da Ordem DeMolay, que reconta essa história e tem muito ainda a fazer.)

Fonte: www.virtudecardeal.blogspot.com

2 comentários:

  1. me indicaram pra ler esse post
    realmente acho que o irmão fez um belo trabalho, e me sinto lisongeado com a homenagem!!!! é legal ver que um trabalho andou o pais e que foi melhorado! parabens
    Mauricio Moschen

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